quinta-feira, abril 15, 2004

Ensaio sobre o agora #1

Não consigo avistar um destino humano
Olho em frente e o nada sinto
Estendo o tentáculo e o nada me gela as entranhas

Os valores foram deturpados algures na "evolução"
Por tal baptizo-o de "O estapafúrdio retrocesso"
...o triunfo da asneira, da somiticaria, da tradição, da maioria e superioridade... do erro
Feitos que tomam vidas abrigados pela insinuada conservação destas
Feitos empapados de autoridade ilegítima
Feitos que insistem em evocar a languidez (eterna lição incompreendida) em vez de a superar

Batalhar o Mal (cíclico) mal e porcamente, extinguir a conflagração com petróleo, curar a ferida com bisturis...
Não se entende a cabala inconsciente?
"Não matarás", "Ama o próximo como a ti mesmo": Não honrais o "Vosso Deus"?
A asneirada do discurso teima em perdurar através de interesses infundados e inócuos
Ama o próximo mais do que a ti próprio: garantia de retorno, A Formula(?)
E tudo porque o prazer tomou o lugar do amor?
Estamos próximos, até mais do que se aparenta.

Ainda devaneio com a incomensurável excelência da paridade global.
Não passa disso, uma utopia... uma ressonância crónica
E tudo porque me incomoda o propósito duma arma!
E tudo porque...
a morte de um é uma dificuldade
a morte de dezenas é uma tragédia
a morte de milhares é uma estatística
a própria concepção de morte foi adulterada

Mão na consciência e olhos no futuro curando o presente, peço-te.