quarta-feira, junho 23, 2004

Na noite...



Chega a noite e ele finge
Finge ser o poeta que nada escreveu
No seu coração ele tinge
O poema que nunca leu
Chega a noite e ele finge
Já não consegue parar
E ele apenas se cinge
À luz daquele luar
Chega a noite nasce uma flor
Que à luz da lua vive
Ela não sabe o que é o amor
Mas com aquela luz sobrevive
Chega o dia
E a flor dorme
Dorme um sono bem pesado
O poeta acorda para o presente
E dorme sobre o passado
...