sábado, agosto 20, 2005

Ensaio Sobre o Agora IV: A Questão

Os mais atentos sabem que, a todo o instante, falecem pessoas. A grande maioria dessas mortes apenas serve para engrossar as já morbidamente obesas estatísticas.
Num universo descodificado, simplificado e óbvio, seria possível descortinar a razão e o sentido do ciclo nomeado de “vida”.
Apesar de (pensar?) conseguir vislumbrar a luz do farol lógico, a névoa, por vezes, enfraquece e subjuga o brilho, em muito, graças à educação falaciosa e, no fundo, negligente, da qual (quase todos) somos vítimas inconscientes.
E a rainha das questões incrementa o próprio peso…
Afinal, qual é a finalidade?
Errarei ao procurar soluções e colocar a questão no princípio. Soa-me mais lógico que, na maior parte das existências, o ciclo atinja o seu propósito durante a sua vigência, ao invés de se verificar num dos dois extremos.
Contudo, perante uma possível resolução e resposta da questão, verifico que ganhei a entrada para uma galeria de problemas e incoerências, de teorias e hipóteses, de imaginações e sonhos.
Será que observo o real? Não será uma “brincadeira” da massa cinzenta?
Se por um acaso me iludo… humpf, irónico, pois esperarei que o puro acaso mo apresente.

Fica traçado então o caminho…