Bichos
E é que não saiem,
Malditos insectos.
Comem carne
Fazem de tudo incerto.
Ditos guerreiros,
Não valem uma merda.
Não fazem um puto,
E deixam tudo na treva.
E vêem de mansinho.
Malditos insectos,
Do burburinho.
Não sara nunca, a crosta que deixam,
Não deixa falar,
Nem argumentar,
Muito menos vingar.
Detesto bichos desses,
Que saiem a voar.
Nunca dizem o que sabem,
Nem sabem falar.
Comem-nos vivos,
Até uns ao outros,
Não, viver não desejam…
Só que os olhos os vejam.
Não são bichos guerreiros,
São monstros à noite,
Que de dia, devoram
E muitas horas comemoram…
São incrédulos e impassíveis,
São bichos, são bichos horríveis.