quarta-feira, abril 27, 2005

Tristezas de um velho cansado, perdido e achado

Se calhar vou mesmo embrenhar-me nessas ruas de que não me apetece.
São frias e escuras,
noites obscuras.
São ditas magníficas, góticas ou elípticas,
mas nunca terror ficas
sentado num canto. Posto de parte.
De volta às ruas, perdido me encontro, ou me encontro perdi do caminho a noção
de seguir de onde vim.
Para no fim acabar
aqui me acho,
que acho perdido mas não, perdido e achado!

O que julgava de rua, era um
caminha por entre esses vales
sem tido sentido.

E no fim?


Estava perdido.

terça-feira, abril 26, 2005

Resposta

Mas alguém viu, ouviu, saboreou, tacteou ou cheirou - enfim sentiu - em parte alguma, que:

"Calma" é sinónimo de "lentidão" ou, até, "menos depressa"?
Que contraste!

terça-feira, abril 19, 2005

É Tempo de Reflexão.

Poderei inalcansar o inalcansável?
Poderei "usar" as palavras como se de um brinquedo se tratassem, invertendo-as várias vezes e dupla negando-as em frases, ... para só parecer maior do que sou?

É claro, obviamente, que não!

quinta-feira, abril 07, 2005

Dor Pura

Exercício de imaginação: tentem imaginar a dor do pobre bicho.

http://www.pequenohumano.net/fatimalopes.wmv

Não consegui ver até ao fim.
É muito, mesmo muito triste e literalmente revoltante...
Junte-se inconsciencia enriquecida a estupidez em bruto e consegue-se esta... coisa inclassificável!

Actos abaixo de irracional: infernais.

segunda-feira, abril 04, 2005

Pulsar Invisível

Espantoso o efeito, o admirado,
O sentimento,
Perfeito por me acabar insatisfeito,

O incessante suster de ar,
Uma infindável espera do teu regressar,
A rendição da separação material sob o teu vingar,

O pulsar,
A corrente,
A saudade a vibrar,
A labareda que me consome… agora e sempre

Apenas no sonho te alcanço...
Afronto pelo êxodo da dádiva, pela regressão ao antigo, pelo adiantamento do porvir.

Parece-se a demência com uma sensata albergaria.
O vivido cresce desabitado, destituído de fundamento, como um oceano castrado, inócuo, errante no próprio interior.

Meu amor…

A sombra parece dissipar, o luzeiro, o trovão nuclear, o trono parece contestar…
Vivo tremores, agora com mais força, por aquela bela narrativa incerta…

Mas, quem desarranjo?... O que controlo?... Se nem desta nave sou amo…


Desfalece o olhar no definhar da lógica. O estuante traslado electroquímico abate-se pelo receio de ruptura

Um quinhão que não me pertence, pois não me ouve, pois por ti grita, pois sem ti esmorece…

Uma energia da natureza, uma produção do imprevisto, uma diminuta divisão da soma, contigo inaudita.


pequenohumano

ArquiEnimigos

Porque razão os “super-vilões”, quando na presença de um (circunstancialmente) impotente “super-herói”, relatam todo o seu plano maléfico a levar a cabo em curto/médio-prazo?

Hein?...

Pois, lembrei-me de algumas razões que o poderão justificar:
a) Devido a uma lacuna na sua educação, por exemplo, ausência de carinho por parte dos pais, o vilão nunca deverá ter conseguido fazer Amigos. Pois, nesta altura, deverá sentir uma necessidade crónica de falar com alguém, incapaz de perceber que tal acto poderá arruinar os seus terríveis planos;

b) Como a maioria dos super-heróis são “galãs”, bonitos e charmosos, com relativo sucesso entre as mulheres e admiração do público em geral, e, mais uma vez, devido à dificuldade de manter amizades por parte do vilão, este vê aqui uma oportunidade dourada de se socializar com uma pessoa, em princípio, politica e moralmente correcta, “perfeita”, admirado e respeitado pela sociedade;

c) É um dissimulado grito de desespero do subconsciente do vilão, um pedido de ajuda disfarçado por uma fachada de duro, com taras apocalípticas. É assim dada uma oportunidade de, mais esta vez, o herói “brilhar” e enriquecer o seu currículo de “super-boas acções”;

d) Nada mais é que um cliché dos produtores de cinema, que teimam em “enjoativizar” o panorama geral do cinema, com desfeches e tramas previsíveis, extinguindo desta forma qualquer factor surpresa;

e) Ou então sou eu que ando a ver demasiados filmes e que, em vez disso, devia deixar-me de idiotices e fazer algo de verdadeiramente útil… :-p


pequenohumano