Dispar 'acto'
sexta-feira, abril 30, 2004
Chalaça de fim de noite
Qual a diferença entre as aulas de Estatística Computacional e um funeral?R: Num funeral há sempre alguém que se consegue divertir...
Arrebatado...
"YOU: Se eu disser que te amo em frente a esta gente toda, o que é que esta gente toda fica a saber?"por Pedro Mexia, in Dicionário do Diabo
“Saudades do futuro”
Os dias correm devagarMas sem tempo para sorrir
No céu as nuvens choram
Cá por baixo eu queria rir
A vida corre lenta
Olho o passado com saudade
O futuro que não surge
Faz-me chorar com vontade
Não há luz no fundo do túnel
Mas será que o túnel tem fundo?
Nos sonhos a luz é brilhante
Mas a luz não existe no mundo
A vida sopra-me mentiras
Mas a vontade de crer é bastante
O coração permanece com esperança
Mas a alma perdeu a restante
Um dia irei sorrir
Nem que seja de tristeza
O passado troça de mim
Do futuro não tenho certeza.
quinta-feira, abril 29, 2004
Era melhor estar quieta...
A ministra do Ensino Superior quer trazer de volta a Portugal os investigadores portugueses que estao a trabalhar no estrangeiro. Um dos requisitos >> terem publicado mais de 100 artigos em revistas cientificas. Com este nao sei se Einstein era aceite em Portugal.quarta-feira, abril 28, 2004
Cinéfilia
As três regras fundamentais do cinema de acção são:1- Em qualquer filme, Jackie Chan tem de saltar entre terraços de edifícios.
2- Em qualquer filme, Steven Seagal tem uma cena de luta que envolve tacos de bilhar;
3- Em qualquer filme, Jean Claude Van Dame mostra o rabo.
terça-feira, abril 27, 2004
Procura-se... (I)
Procura-se impressão sob o formato axxxxx.Não foi vista pela última vez quando se imprimiu...
Julga-se perigosa e “rascunhada”.
segunda-feira, abril 26, 2004
the creation of the question
It grew slowlyAtom by atom
Curving its serpentine line
Around a doubt
The sickle that mows down everything
Like a lily
It roused itself to life
Unfurling into reason’s limbo quietly
And it left in its wake
A single teardrop
A tiny pin-prick of dew
A dab of salt
That minute mirror
Begetting wonder
by Maurya Simon
Começar de novo...(upper vision)
Um ser diferenteUm ser não ausente
Apenas diferente
Um ser vivo diverso, modificado
Que vive num seu mundo com seu significado
Um mundo diferente, também ele alterado
Um mundo do sonho e da ilusão
Um mundo onde busca sua perfeição
Um mundo sem fundo envolto em desejo
Um mundo de cor da felicitação
Sem tristeza, sem mágoa ou mesmo aflição
Um mundo diferente sem consternação
Onde este ser contempla seu céu
Com alguma solidão
Um mundo diferente onde
Um forte Sol brilha até mais não
Mas onde também existe a noite
Uma noite calma sem atribulação
Uma noite sempre estrelada
Com mil estrelas a brilhar
Um céu de encantamento e sedução
Um mundo Brilhante e de exaltação
Onde o ser não dorme nem descansa
A olhar para as estrelas com admiração
Não dorme e sonha acordado até uma cair
Para seu doce desejo ele poder pedir
Desejo que pede num ameno momento
Num pedido encantado, num segundo sem tormento
Sabe bem seu pedido
Pois não deseja outra coisa
E nesse terno momento
Com seu olhar fascinado
Pede sempre um amigo
Pede um secreto aliado
Do seu mundo não quer sair
Seu desejo não é partir
Quer apenas pedir alguém
Para seu mundo partilhar
E para sempre nele ficar
domingo, abril 25, 2004
Viva o nabo lusitano!!!
Podem apelidar-me de chauvinista mas acho que não há melhor nabo que o português.
Não me parece!...
Aí vem ela... está mesmo quase... é agora, é agora... parece que já a estou a ver... só falta mais um pouquinho... vai ser um estrondo... está por poucos segundos... já me estou a ver a rir... afinal nunca mais vem... ainda acredito que vai ser hoje... aparece lá... não me desapontes... deve ser por não ter tomado as cápsulas de ginseng... está mesmo, mesmo quase... olha que começo a ficar farto de esperar... eu sei que queres aparecer... desisto!!!Parece que hoje não me vai surgir alguma ideia "de jeito"!...
sábado, abril 24, 2004
O que é o amor? (IV)
O amor é estar a beber uma média Sagres debaixo de um céu estrelado e lembrar-me o quão seria bom estar enroscado em ti...sexta-feira, abril 23, 2004
E a escolha para o jantar foi... ( I)
Sardinha assada, batata nova (cozida com pele), salada de tomate e pimento, e:Chaminé 2001
"(...) Bom corpo na boca, acidez correcta, bom fruto e um bom final.(...)"
"Anuário de Vinhos - 2004" - João Afonso
Nota: Permitam-me adulterar João Afonso e opinar o "final" de excelente, em vez de "bom".
Modo pessoal de ver...
Para ser sincera, acho que todo este assunto já começa a “cheirar mal”...Isto porque na minha opinião se estão a generalizar conceitos que não deviam ser generalizados!!
Porquê?
Simples, porque não!!
Nem todo o homem é machista e nem toda a mulher é feminista!!
Cada um é livre de acreditar no que quer!!
E isto é apenas a minha opinião, não a estou a impor a ninguém!!
Há homens que apreciam apenas a beleza e também há mulheres assim! Mas na hora da verdade não me venham dizer que isso chega, porque não chega!
A beleza é um conceito muito relativo, o que é belo para uns não é para outros...
E já que se fala tanto na Carmen não é por eu ser mulher que não sei ver que ela é uma mulher bonita!! Sim, ela é uma mulher bonita!!
Não é por eu dizer isto que (e usando a palavra utilizada pelo meu colega) sou menos “fêmea”!
Assim, não vejo onde está o problema de um homem dar a sua opinião sobre outro homem, já que não é por isso que deixa de ser “macho”...
Toda a gente “tem olhos na cara”!! Logo toda a gente tem a percepção do que para si é e se torna belo, seja homem, mulher, paisagem ou matéria...
E se um homem ou uma mulher não quer dar a opinião acerca de tal assunto deve ser respeitado!
Porque toda a gente, sem excepção, merece respeito!
Não sei se estou a ser muito directa mas este é o meu modo pessoal de ver...
quinta-feira, abril 22, 2004
Esclarecimento às leitoras femininas.
Os comentários a propósito do texto "Preferências..." merecem um pequeno esclarecimento:O substantivo "machão" foi utilizado primeiramente como se apresenta, entre aspas. Logo o entendimento que cada um quer fazer da palavra é perfeitamente livre, desde que minimamente contextualizado.
As mulheres detestam este substantivo porque corresponde a um ideal de "macho latino" e marialva que, noutros tempos, correspondeu à quase total subjugação da mulher pelos homens. A palavra "machão" é divertida e pareceu-me apropriada na ocasião para expressar a "ineficácia" masculina para avaliar os propósitos que as senhoras leitoras (vejam o respeito, "senhoras"!) pretendiam esclarecido.
Isto tudo para dizer que por aqui não há ninguém com mentalidade machista. Atrevo-me a dizer que somos todos feministas, adoramos "fêmeas"!...
Nota: Não responderei a comentários (necessariamente femininos!) que julguem a despropósito a palavra "fêmeas".
Estrela - Parte I
E se lhe dessem a oportunidade de agarrar numa estrela?Naquela que contempla todas as noites antes de dormir…
Que faria se lhe dissessem que a felicidade estava guardada em seu esplendor?
E que ele alcançaria tal almejo mal lhe tocasse?
Mas como em tudo…
Que faria se lhe dissessem que mal lhe tocasse ela perdia sua luz!
Pensaria duas vezes antes de a agarrar?
Gosto de pensar que sim…
quarta-feira, abril 21, 2004
Ideais Insanos
Um homem louco é aquele cuja maneira de pensar e agir não se coaduna com a maioria dos seus contemporâneos. A sanidade mental é uma questão de estatística. Aquilo que a maioria dos Homens faz em qualquer dado lugar e período é a coisa ajuizada e normal a fazer. Esta é a definição de sanidade mental na qual baseamos a nossa prática social. (...) Mas os julgamentos, aqui e agora, são por sua natureza provisórios e relativos. (...)A Natureza permanece inalterável, quaisquer que sejam os esforços conscientes feitos para a deformar. Os Homens podem negar a existência de uma parte do seu próprio espírito; mas o que é negado não é por isso destruído. (...) Uma coisa apenas é absolutamente certa quanto ao futuro: que as nossas sociedades ocidentais não se manterão por muito tempo no seu presente estado. Ideais loucos e uma filosofia lunática da vida não são as melhores garantias de sobrevivência.
Aldous Huxley, in "Sobre a Democracia e Outros Estudos"
Preferências...
Os automóveis querem-se alemães, as massas querem-se italianas, as máquinas fotográficas querem-se japonesas, os jeans querem-se americanos, os perfumes querem-se franceses, os telemóveis querem-se finlandeses, as mulheres... bem as mulheres querem-se de bikini, de preferência bem reduzido!...terça-feira, abril 20, 2004
Será só uma questão de rodas?
Quando alguém usa a expressão "Pôr os patins" (geralmente quando se dispensa os "cuidados sentimentais da, até aí, cara-metade), será que pensa no clássico patim de quatro rodas, ou nos mais "radicais" patins em linha?O ataque dos clones
O nosso primeiro ministro criticou desta forma o assassínio do líder do Hamas: "Não se pode responder a actos terroristas com actos do mesmo género." Ora, não foi este o mesmo que apoiou o ataque americano ao Iraque? Não, não pode ter sido. Isto só pode estar relacionado com o ataque dos clones. Certamente.Qual é o escândalo?
Uma carga de 16,5 Kg de heroína e 10 de cocaína foi detectada a bordo do Glória, o navio-escola da armada Colombiana. Sendo considerado o ex-líbris da armada Colombiana, a droga tem que ser considerada como parte integrante do navio. Como tal, não vejo onde está o problema.segunda-feira, abril 19, 2004
Aperto Nato
Não quero ser diferente, já o sou, já tu o és.Quero dar asas à minha singularidade, sentir-me bem, demonstrar como sou, espelhar o meu todo...
Se ser natural e "intuitivista" é ser apelativo, assim seja!
Eu sou um, sou alguém, não um sucedâneo, muito menos suprível.
Não quero ser incomparável, já o sou, já tu o és.
Repudio reparos insustentáveis, socialmente enraizados e inerentemente arrasadores.
O raciocínio está para o desconhecido como o barco para o oceano, ora conquista ora é subjugado.
A crítica é, por natureza, simplista; é a demonstração por absurdo.
O autêntico marcial percorre o segmento de recta que une duas condições.
É natural nadar contra e obrar ilegalidades; as circunstâncias não se predizem.
O natural é intrincado e singular, não segue fórmulas e regras que não lhe estejam inerentes: regras congénitas, inatas.
Desprezo a opressão civil e cultural, o bradado norte igualitário antagónico e com “produtos” disformes.
Entenda-se que a visão do raro e do insondado é um repto diferido.
Entenda-se de uma vez que ser diverso é instintivo.
Até porque é (esplendidamente) inverosímil que existam duas íris idênticas...
Somos muito mais que um algarismo; somos o todo.
sábado, abril 17, 2004
A Carmen Electra deve estar amuada comigo!...
Como é Carmen, é hoje que vais visitar os meus sonhos ou não?!Nota: Segue de antemão, um pedido de desculpas às leitoras deste "blogue" que considerem este post, machista, misógino ou indecente (ou todas as anteriores). Quanto aos prezados leitores, podem render-se aos encantos da formosa Carmen aqui, aqui ou aqui.
sexta-feira, abril 16, 2004
Matemática e os números
Bastante simples... e provavelmente só engraçada para quem a lê vista de dentro para fora!Um dia, um colega meu disse, abismado pela falta de concretismo matemático nas demonstrações (porque o processo com letras é abstrato!):
"Eh páh... eles... quando pensaram em matemática, páh!... Não pensaram em números!"
Grande Pedro, páh... bons velhos tempos!
Amanhã
Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir — é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.Apagar tudo do quadro de um dia para o outro, ser novo com cada nova madrugada, numa revirgindade perpétua da emoção -isto, e só isto, vale a pena ser ou ter, para ser ou ter o que imperfeitamente somos.
Esta madrugada é a primeira do mundo. Nunca esta cor rosa amarelecendo para branco quente pousou assim na face com que a casaria de oeste encara cheia de olhos vidrados o silêncio que vem na luz crescente. Nunca houve esta hora, nem esta luz, nem este meu ser. Amanhã o que for será outra coisa, e o que eu vir será visto por olhos recompostos, cheios de uma nova visão.
Bernardo Soares, in Livro do Desassossego
Intuição
"É preciso que tudo, quanto nos deve ser dado como objecto nos seja dado na intuição. Sucede porém que toda nossa intuição só se produz mediante os sentidos: o entendimento não intui coisa alguma, apenas reflecte." (Kant)quinta-feira, abril 15, 2004
Eco
"Portugueses separam mais lixo para reciclar"Tou mesmo a ver:
"O Paulo Portas é para o azul, a Ferreira Leite é para o amarelo, o Scolari é para o verde...o Bibi...hhuummm este não deve valer a pena reciclar, fogueira com ele."
Ensaio sobre o agora #1
Não consigo avistar um destino humanoOlho em frente e o nada sinto
Estendo o tentáculo e o nada me gela as entranhas
Os valores foram deturpados algures na "evolução"
Por tal baptizo-o de "O estapafúrdio retrocesso"
...o triunfo da asneira, da somiticaria, da tradição, da maioria e superioridade... do erro
Feitos que tomam vidas abrigados pela insinuada conservação destas
Feitos empapados de autoridade ilegítima
Feitos que insistem em evocar a languidez (eterna lição incompreendida) em vez de a superar
Batalhar o Mal (cíclico) mal e porcamente, extinguir a conflagração com petróleo, curar a ferida com bisturis...
Não se entende a cabala inconsciente?
"Não matarás", "Ama o próximo como a ti mesmo": Não honrais o "Vosso Deus"?
A asneirada do discurso teima em perdurar através de interesses infundados e inócuos
Ama o próximo mais do que a ti próprio: garantia de retorno, A Formula(?)
E tudo porque o prazer tomou o lugar do amor?
Estamos próximos, até mais do que se aparenta.
Ainda devaneio com a incomensurável excelência da paridade global.
Não passa disso, uma utopia... uma ressonância crónica
E tudo porque me incomoda o propósito duma arma!
E tudo porque...
a morte de um é uma dificuldade
a morte de dezenas é uma tragédia
a morte de milhares é uma estatística
a própria concepção de morte foi adulterada
Mão na consciência e olhos no futuro curando o presente, peço-te.
O que é o amor? (III)
O amor é o que despoleta a saudade no re-encontro pois sabemos que, dentro em breve, haverá nova partida...quarta-feira, abril 14, 2004
declarações
"O cupuazú, uma fruta tropical da família do cacau, já foi patenteado por uma empresa brasileira como substituto do chocolate. Segundo noticia o Diário Digital, a Embrapa, especializada na investigação agro-pecuária, alega que o sabor, a textura, o odor e a aparência desta fruta se assemelham ao chocolate e que a sua semente é mais barata." "Eugenio Vacaro conta que este produto começou já a ser utilizado na produção de ovos de chocolate desta Páscoa."Entretanto, João Pinto alegou que o sabor, a textura, o odor e a aparência da Marisa Cruz também se assemelham ao chocolate com a vantagem de não se derreter nas mãos e na boca. João Pinto afirmou ainda que Marisa Cruz começou este ano a fazer de coelhinha da Páscoa tendo conquistado, de imediato, um mercado bastante alargado.
Ali é que não!!!
"Astrónomos australianos descobriram três asteróides na trajectória da Terra" mas ao mesmo tempo afirmam que "importantes colisões não deverão ter lugar senão dentro de uns milhões de anos".É caso para dizer que nem os asteróides querem chocar com a Terra.
terça-feira, abril 13, 2004
quarta-feira, abril 07, 2004
Cromos
Não me aborreço por haver tipos como o "anedoteiro" Fernando Rocha, mas acho um enfado ver plateias rendidas à sua boçalidade.terça-feira, abril 06, 2004
O par impossível
Um exemplo manifesto do nunca.Uma ligação incomensurável sem sítio na existência,
Sucede no quotidiano sem que os mediadores se apercebam,
Tal é a aniquilação e consequente anopsia originada pelo ramerrão.
Ele… é a nascente de energia, o foco magnético, o gigante ebúrneo.
Ela… arrebata e aconselha os filhos de ninguém, os perturbados.
Por ele, ela assoma e desaparece,
Por ele, ela é criada e devorada,
Constantemente, ela nasce e perece.Numa ternura proibida, os contrários fitam-se entre si e desalentam-se por
um encontro.
A confiança no fim é, apesar de adulterado, o único regalo por eles encontrado.
No seio da cristalina impossibilidade floresce assim uma fantasia perpétua.
Trocam-se ternuras, afagos, olhares, índoles, saudades… vontades…
Cultiva-se o bem-querer inconsciente, irresponsável, incessante.
A tormenta espalha-se.
À semelhança de uma estrela de neutrões, difundem a ânsia pelo seu contorno, ainda que subtil às vistas e aos intelectos reclusos, aos atordoados.
A química torna-se assim no combustível e a ânsia a decisiva centelha, centelha que demora, centelha impossível.
A origem do ânimo do suspiro é a mesma que maltrata e humilha os enamorados.
O lume, a vitalidade de um…
O fresco, o abrigo de outro…
Dois amantes, milhões de espectadores e um amor que jamais será consumado.
No escurecimento os dois amantes desocupam o palco da sua narrativa desmedida.
Pela sua vez, milhares de amantes despertam até o negro pleno abranger o firmamento.
Amparados pelo afastamento do gigante e ignorados graças à apatia humana, o acto central vê-se comutado por excessivas demandas pelo irrealizável.
O devaneio que não desocupa o corpóreo e que estilhaça a razão.
O sentimento que mais importa, o alicerce do portentoso.
A constatação da genuína possessão, o todo… que jamais virá…
...
Num dia pequeno de uma alma giganteUm sonho é guardado num corpo errante
Num momento presente de entendimento perdido
Sabe que nunca é lembrado mas sente-se esquecido
Sua vida é torcida de verdade e ilusão
E é numa ponta de estrela que vê a imaginação
Sua realidade é dispersa e de fantasia envolvida
Surge por vezes completa mas nunca por outros abrangida...
Dilemas Neurológicos
Como será que alguém, surdo à nascença, formula palavras na sua mente? Palavras como "mãe", "mar", "sol", "amor"...Será que é associado um sentimento a cada substantivo? E a ligação entre estes existirá na sua mente? Será que um advérbio gera algum sentimento?...
da minha janela
Hoje estive a apreciar, da minha janela, um "artista" a tentar conhecer o interior da casa ao lado. Como não sou pessoa de dizer mal dos outros, acredito que era apenas um gajo muito curioso que pretendia satisfazer essa necessidade. Não, não vou acreditar que o tal gajo se daria ao trabalho de arrombar uma porta para roubar algo. Isso é claramente insuficiente. O motivo para se arrombar a porta da casa de um estranho tem que ser mais nobre. E curiosidade parece-me bem. Ele não conseguiu. Entretanto a GNR apareceu e ele deu um ar de transeunte habitual. Como se sabe, a GNR não se dá bem com indivíduos muito curiosos. Mas imaginem a satisfação do homem quando entrasse. "AAAAHHH, satisfazer a minha curiosidade, como sabe bem." E imaginá-lo a percorrer aquele ambiente desconhecido. Os seus olhos brilhariam como estrelas. As suas mãos acariciariam os pormenores mais elegantes. Jóias e coisas assim, mas sem maldade, tudo pelo prazer de estar e apreciar. E imaginá-lo a sair, satisfeito e com vontade de conhecer mais e mais ambientes desconhecidos. Tudo pelo prazer de satifazer a curiosidade. Porque roubar é muito baixo nível.segunda-feira, abril 05, 2004
O que é o amor? (II)
O amor é um catalizador que distorce o tempo. Um fim-de-semana romântico sabe, invariavelmente, a um etéreo e fugaz minuto de carinhos...Serviço Público de Televisão
A RTP estreou ontem à noite um novo "reality show", Soccastars. Não vi!A escolha de um título destes revela falta de bom gosto ou estupidez pura? Alguém ajuda na resposta?
domingo, abril 04, 2004
Criatividade Tropical
Há dias descobri que a brilhante saga "O Padrinho", de Coppola, foi alcunhada, no Brasil, "O Poderoso Chefão". Este título deve ter sido obtido à custa de muita "Caipirinha". Um gajo sóbrio nunca se lembraria de intitular o que quer que fosse desta maneira...O que é o amor? (I)
O amor é chegar a casa às 6.34 da manhã (completamente enebriado) e lembrarmo-nos que a mulher da nossa vida está a 150 km de nós! Sim, eu amo-te e este "post" é para ti!...sexta-feira, abril 02, 2004
Preso à Liberdade de Pensar
A liberdade não existe. É uma utopia presa, ela própria, à liberdade de pensar. O pensamento procura incessantemente libertar-se do espaço físico onde se encerra: do corpo. O corpo é a prova da impossibilidade de liberdade, a sua limitação.O Homem quer bater as asas e voar, mas não voa. Temos um corpo, temos uma necessidade, uma castração.
A falsa ideia de liberdade promove ao corpo um certo movimento, medíocre. Confere-lhe uma mobilidade que se queda na sua essência à mínima contrariedade, necessidade.
O movimento não é liberdade – é uma necessidade. O Homem para ser livre não poderia necessitar – tal é impossível. Logo, a liberdade não existe. O que existe é uma falsa ideia de. O que existe transcende-nos, é metafísico. Vivemos presos à liberdade de pensar.
Este factor, de castração, manifesta-se a nível subconsciente. Dele advêm os estados perpétuos de angústia e frustrações no Homem. Por mais que tenhamos estaremos sempre insatisfeitos, por que no fundo não temos nada, não encontramos nada – o olhar é a prova disso. Quando encontramos paramos, não é verdade? Porém, se analisarmos bem, o nosso olhar só raramente encontra, pára… isto na verdadeira acepção que é encontrar. Quando «pára», pára numa celeridade inquietante, momentânea. Se encontrássemos, no verdadeiro sentido que é encontrar, porque se justificaria a necessidade constante, expressa no desejo do olhar, de encontrar?
O próprio olhar procura-se no olhar ao olhar. Olhar e liberdade complementam-se no vazio, conferindo-o. O que é um olhar se não um procurar e em vão nada encontrar?
Talvez haja alguma razão de ser na morte. Talvez nesse estado, em que o olhar se torna estático, fixo, encontremos. Se assim for, a vida não é um encontro, serve para ele.
Luís F. Simões/Rascunho - www.subversos.blogspot.com
Zelotipia - parte I
E se por um momento infinito se perdesse a zelotipia??Se ela deixasse simplesmente de existir?
Não estariamos numa esfera melhor?
Zelo....que?
Zelotipia!!
Não me digam que nunca a viram por aí a rondar!!
Meio escondida, por entre livros, corredores, pautas e amores...
À espreita, prontinha para vos agarrar!!
Prontinha para vos controlar...
Por isso, tenham cuidado!!
Tenham muito cuidado e não se deixem apanhar!!
Porque elas, as zelotipias, elas "andem aí"...